Idiofones

Idiofone

José Camacho
Portugal, Madeira - Funchal

Materiais: Tubo de canavieira

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
A = 45mm
C = 483mm
Ø = 28mm
c (raspador) = 391mm
ø (raspador) = 18mm

Canavieira com pequenos rasgos formando um denteado, quase simétrico. Cana mais pequena que serve de raspador, rachada até ao meio. Ambas encontram-se unidas por meio de um fio.

Idiofone

António Rodrigues Lourenço
Portugal, Madeira - Ponta do Pargo, 1996

Materiais: madeira, barbante

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 30cm L = 6cm

O som é produzido pelo sacudimento, provocando o entrechoque das duas castanholas em forma de concha, que são presas por meio de um atilho na parte superior do cabo.

Idiofone de percussão directa

João Gonçalves (conhecido por João Martinho)
Portugal, Madeira - Tabua/Ribeira Brava, 1978

Materiais: madeira de nogueira e corda de sisal

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 19cm x A= 14,5cm bojo = 8,5cm

Apresenta o desenho das castanholas tradicionais e madeira de nogueira, alongada no seu comprimento, pouco bojuda, cujas conchas de 16 x 9cm são escavadas de forma tosca e unidas por meio de uma corda de sisal.

Idiofone de percussão directa

Alfredo Tomé da Silva (n.1923)
Portugal, Madeira - Madalena do Mar, 1938

Materiais: madeira de castanho; e barbante (cordel)

Proprietário: António Rodrigues

Descrição:
C = 6cm x A = 7cm bojo = 5cm

Apresenta o desenho das castanholas tradicionais, com patine escurecida, de coloração negra, cujo escavado correspondente às “lapas” de 4,8 x 3,5 / 5cm x 4,5cm apresenta-se de forma tosca. São unidas por um cordel.
Construída pelo Mestre Alfredo, na Madalena do Mar, quando tinha 15 anos. Talhada a canivete. “Cavado” (lapa) com uma ponta de prego batida, alisando o exterior por fricção nas pedras.

Idiofone de percussão indirecta

Portugal, Madeira, 1967

Inscrições: C – 1967 (pintura policromada na zona superior do cabo)

Proveniência: Colecção particular Artur Andrade

Materiais: madeira de mogno, bronze, metal fundido, tecido, caricas, nylon, sementes, tintas

Descrição:
C = 85cm c1 (cabo) = 54,7cm L = 27cm

O instrumento é constituído por uma haste central cilíndrica que serve de pega, construída em madeira de mogno trabalhada e ornamentada com barras paralelas pintadas em várias cores. Na extremidade superior da pega estão 2 hastes, com 2 castanholas em forma de cabeça de animal (cão e gato) que possuem um par de caricas perfuradas, presas por um prego na zona do “maxilar” e encimadas por duas figuras humanas femininas em mogno com roupagens em tecido (saias vermelhas e blusas brancas). Outras 2 hastes têm forma de figura humana masculina e na zona inferior têm um par de castanholas (cabeça de cão como símbolo fálico). Uma quarta haste em ferro suporta um pequeno sino em bronze fundido com uma figura humana feminina semelhante às anteriores. O som é produzido através de uma guita interligada que puxando, no sentido descendente, provoca o choque entre as várias castanholas e caricas e a batida do sino. Os pormenores das figuras representadas são obtidos por meio de apontamentos de pintura em várias cores. Os olhos das figuras são feitos de sementes secas, incrustadas e pintadas.

Idiofone de percussão indirecta

Portugal, Madeira – Funchal, Arraial do Monte, 1970

Materiais: madeira, barbante, ferro fundido, tintas e tecido

Proveniência: Colecção particular

Descrição:
C = 71,5cm c1 (cabo) = 48cm
L = 18,5cm (aprox.)

O instrumento é constituído por uma haste central cilíndrica de madeira com alguns apontamentos de pintura, que serve de pega. Na extremidade superior desta base está 1 haste, onde é fixada 1 cabeça de animal, que funciona como castanhola. Outras 2 hastes têm forma de figura humana e, na zona inferior, é introduzida uma castanhola em forma de cabeça de cão, aludindo símbolo fálico. Uma quarta haste em ferro, suporta um pequeno sino em ferro fundido. O som é produzido através de uma guita entreligada que puxando, no sentido descendente, provoca o choque entre as várias castanholas e a batida do sino. Os pormenores das figuras representadas são obtidos por meio de apontamentos de pintura em branco e vermelho. As figuras humanas têm na cabeça um chapéu em tecido e para os olhos, à semelhança das figuras de animais, é feito uso de sementes secas que são incrustadas e pintadas na madeira. O instrumento foi adquirido no arraial da Festa de Nossa Senhora do Monte por volta dos anos 60.

Idiofone de percussão indirecta

Luís Cardoso
Portugal, Madeira - Funchal, século XX

Materiais: canavieira, pinho, arame grosso, tecido, lã, gesso, tinta, ráfia, caricas e zinco

Proveniência: Estados Unidos da América. Anos 60 do século XX

Proprietário: Colecção AMCX

Descrição:
C = 65cm
Ø = 25cm
c (cana vieira) = 34cm
Ø (canavieira) = 1,6cm
C (bonecos) = 18mm

Apresenta uma morfologia idêntica à desenvolvida pelo construtor António Fernandes Neves, com algumas diferenças na estrutura do instrumento, ao nível das bases circulares, na construção e caracterização dos bonecos e, sobretudo, na utilização de materiais. A parte inferior do eixo central do instrumento está envolta em fita plástica, para fortalecer a canavieira junto ao punho. A ligação do punho à base circular, pelo interior da cana, é feita por um arame grosso. A ornamentação no arame que contorna as estruturas circulares é de ráfia. As cabeças dos bonecos são moldadas em gesso e pintado. As bonecas têm cabelo de lã, e os bonecos uma substância que sugere ser farelo envolto em cola, sob carapuço de tecido. Vestem conforme o traje regional usado nos grupos folclóricos da época. Os bonecos vestem fato branco/linho, e as bonecas blusa branca, de capa vermelha debruada com tira de cor, e saia vermelha, listada de amarelo, verde e azul. Os bonecos e as bonecas colocados à roda, de castanholas de pinho nas costas, têm pernas e botas talhadas em madeira pintada. O boneco do topo, com botas de cartolina, prolonga o arame da “mão” direita enrolado na ponta, tipo ferrinho, que accionado por um cordel atado ao arame no interior da cana, bate na campânula de zinco, que segura “mão” esquerda.

Idiofone de percussão indirecta

Manuel do Faial Rodrigues (? -2010)
Portugal, Madeira – Camacha, 2008

Materiais: canavieira, casquinha, pinho, mogno, tola, tinta, arame, tecidos e fitas de cetim

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 79cm
Ø = 40cm
c (cana vieira) = 50cm
Ø (canavieira) = 30cm
c (bonecos) = 21cm

A morfologia deste «brinquinho» de grandes dimensões, que apresenta 12 bonecos de pinho escurecido, colocados em 3 ordens de 2, 4 e 6 bonecos cada, uma sobre a outra, dispostos à volta da canavieira, é idêntica à dos «brinquinhos» de uma só ordem de 4 bonecos, embora mais complexa.
Este instrumento apresenta 6 estruturas circulares encaixadas em torno do eixo, na horizontal. Estas estruturas, formadas por circunferências e respectivos diâmetros de arame grosso, de diferentes perímetros, e ligadas duas a duas pelos bonecos, estão ornamentadas com tecido colorido recortado em banda de fitas curtas. A ordem do cimo é constituída por um par (boneco e boneca), a segunda ordem, intermédia, é formada por 2 pares, e a terceira ordem, situada no patamar inferior, é constituída por três pares. As 3 estruturas circulares superiores de cada uma das ordens, onde os bonecos fincam as mãos, estão fixadas à canavieira. As três estruturas circulares inferiores, onde os bonecos assentam os pés, são móveis, e estão ligadas a um varão/êmbolo de casquinha que atravessa todo o interior da cana, com a extremidade inferior cravada no punho do instrumento, e a extremidade superior a sair no cimo da canavieira. De funcionamento análogo aos demais «brinquinhos», apenas as bonecas apresentam castanholas de mogno amarradas nas costas. O conjunto dos 12 bonecos ocupa sensivelmente a metade superior da canavieira. Da base circular colocada no cimo saem várias fitas de cetim coloridas, azul e amarelo, verde e vermelho, que enfeitam o instrumento, acompanhando praticamente todo o seu comprimento. Os bonecos, cujas botas são talhadas directamente na madeira, vestem conforme o traje regional masculino, de fato branco, carapuço azul com triângulo vermelho, faixa branca à cintura. As bonecas vestem saia vermelha listada de verde, azul e amarelo, com a “tira casada” (azul, branco, azul), capa vermelha debruada a verde, blusa branca e carapuço azul com triângulo vermelho, conforme os trajes usados no Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha.
Este exemplar parece assentar numa estrutura muito próxima dos primeiros «brinquinhos» que o grupo da camacha conheceu, denominado de «árvore das castanholas», com certeza pela configuração cónica em forma de árvore, que o instrumento visualmente sugere.

Idiofone de percussão indirecta

José Crisóstomo Fernandes (1930 -2005)
Portugal, Madeira - Funchal, século XX

Materiais: canavieira, arame, pinho, “sucupira”, “aparite” (aglomerado de madeira), tecidos, lã, fitas de cetim, ráfia sintética, papel pardo, cabedal, gesso e tinta, cordel de sisal, caricas, zinco, fio de nylon

Proveniência: Susana Berta Marques Fernandes Gracias

Proprietário: Colecção AMCX

Descrição:
C = 71cm
Ø = 29cm
c (cana vieira) = 31cm
Ø (canavieira) = 2cm
c (bonecos) = 18cm

Apresenta uma morfologia idêntica à desenvolvida pelos construtores A. F. Neves, e L. Cardoso, com diferenças de pormenor na estrutura do instrumento, nomeadamente nas bases circulares, na construção e caracterização dos bonecos e, sobretudo, na utilização de materiais. A parte inferior do eixo central está envolta em cordel de sisal, para dar maior robustez à parte inferior da canavieira. As bases circulares são recortadas em “aparite”, com 4 eixos em forma de cruz de desenho trapezoidal. A ligação do punho à base circular inferior, pelo interior da cana, é de arame grosso, e a ornamentação das circunferências das bases é de cordel de sisal aberto e de ráfia sintética. As cabeças dos bonecos são moldadas em gesso pintado. Bonecos colocados à volta, com castanholas de “sucupira” nas costas, têm armação de pinho e arame, e vestem conforme o traje regional usado nos grupos folclóricos da época.
O boneco do topo, veste camisa branca e calças de tecido castanho com faixa vermelha de cetim à cintura, botas de papel pardo e segura um «machete» de «aparite» e fragmento de fio de electricidade castanho. Pregadas sobre 3 dos quatro eixos da base circular inferior, entre os bonecos e o eixo central do instrumento, estão 3 pares de caricas espalmadas e sobrepostas. Sobre o quarto raio, está pregada uma campânula de zinco que retine em simultâneo com o toar das castanholas e o chocalhar das caricas. Da base circular menor, saem várias fitas de cetim coloridas, que enfeitam o «brinquinho», percorrendo todo o comprimento do instrumento.

Idiofone

Domingos Perestrelo
Portugal, Madeira – Funchal, São Roque

Materiais: Pinho, fio de nylon, PVC

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 195mm
c (lâminas) = 130mm x L = 58mm x A = 105mm

Composto por 10 lâminas de madeira, separadas umas das outras por 8 pequenas tiras, também de madeira, de modo a deixar um espaço para chocarem entre si. Serve, apenas, para marcar o ritmo na música tradicional, cujo som é produzido através do entrechoque das lâminas de madeira. Este depende do tipo de madeira (dura, leve, fina) e da sua espessura. Na Região do Minho é conhecido por tréculas.

Idiofone de percussão directa

Portugal, Madeira - Ponta do Sol – Madeira, Século XX

Materiais: madeira de loureiro, corda de sisal ou barbante grosso

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 14cm x A = 18cm bojo = 15cm

Apresenta o desenho das castanholas tradicionais em madeira de loureiro, com a configuração volumétrica de uma pêra e cujas conchas (10 x10cm) foram queimadas depois de escavadas. As duas peças que a compõem encontram-se unidas por meio de um corda de sisal.

Idiofone de percussão directa

João Gonçalves (conhecido por João Martinho)
Portugal, Madeira, Tabua/Ribeira Brava, 1978

Materiais: madeira de nogueira e corda de sisal

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C = 15,5cm x A = 14cm Bojo = 8cm

Apresenta o desenho das castanholas tradicionais, ligeiramente alongada no seu comprimento, pouco bojuda, cujas “conchas”, de 12,5 x 9 cm, são escavadas de forma tosca e unidas por meio de corda de sisal.

Idiofone de percussão indirecta

Portugal, Madeira, século XIX

Materiais: madeira (não identificada) e fio de tripa

Proveniência: Colecção particular

Descrição:
C = 5,5cm L = 3,4cm

Par de peças de pequena proporção em madeira dura, escavadas no interior, lembrando a forma de uma concha. Incisões decorativas na parte exterior de cada peça. As peças estão ligadas entre si por um fio de tripa, que se entrelaça na mão, de maneira a chocarem uma na outra.

Idiofone de percussão indirecta

Manuel Pereira Júnior
Portugal, Madeira - São Vicente, século XX

Materiais: madeira, barbante, ferro e sementes

Proprietário: Grupo de folclore e etnográfico da Boa Nova

Descrição:
C = 670mm c1 (cabo) = 255
L = 275mm (aprox.)

É constituído por uma haste central cilíndrica, de madeira de mogno, que serve de pega. Na extremidade superior desta base estão 3 hastes, onde estão fixadas 4 cabeças de animal, que funcionam como castanholas. Outras 2 hastes têm forma de figura humana, onde é também, na zona inferior, introduzida uma castanhola em forma de cabeça de cão, em jeito de alusão ao orgão sexual masculino. O som é produzido através de uma guita entreligada que puxando, no sentido descendente, provoca o choque entre as várias castanholas. Os pormenores das figuras representadas são obtidos por meio de apontamentos de pintura em branco, preto e vermelho. Para os olhos faz-se uso de sementes secas encrutadas.

Idiofone

Portugal, Madeira, século XX

Materiais: metal

Proprietário: AMCXarabanda

Descrição:
C (triângulo) = 235mm
Ø = 9mm
C (vareta) = 150mm

Simples barra cilíndrica de aço dobrada em forma de triângulo equilátero, aberto num dos vértices com as duas extremidades da abertura fomando uma espécie de espiral.

Idiofone de percussão indirecta

Luís Cardoso
Portugal, Madeira – Funchal, Século XX

Materiais: canavieira, arame grosso, pinho, lã, gesso e tinta, palha, caricas e zinco

Proprietário: Colecção AMCX

Descrição:
C = 93cm
Ø = 40cm
c (cana vieira) = 61cm
Ø (canavieira) = 3cm
c (bonecos) = 21cm

Exemplar composto de 11 bonecos.

Idiofone de percussão indirecta

António Fernandes Neves (1885 ? -1971)
Portugal, Madeira - Caniço, século XX

Materiais: canavieira, varão de ferro, arame, borracha, pinho, criptoméria, laranjeira, tecido, lã, papel de seda, “latinha de chocolate”, caricas, tinta e sementes de “Conteiras” ou “Bananeiras de Flor”

Proveniência: Pedro Ferraz, Funchal – Madeira. Década de 60 do século XX

Proprietário: Pedro Ferraz

Descrição:
C = 77cm
Ø = 35cm
c (cana vieira) = 48cm
Ø (canavieira) = 2,8cm
c (bonecos) = 21cm

A morfologia do instrumento é constituída por um eixo central de canavieira, orientado na vertical, e por duas estruturas circulares, de diferentes perímetros, dispostas na horizontal em torno do eixo, onde estão colocados 5 bonecos talhados em pinho, que ocupam sensivelmente a metade superior da cana. Estas estruturas horizontais são formadas por circunferências de arame grosso ornamentadas de papel de seda colorido recortado em pequenas fitas, e 4 ripas de pinho pintado de vermelho (raios). A estrutura circular superior, de menor diâmetro, está fixada por uma base quadrangular, no topo da cana. A estrutura circular inferior, de maior diâmetro, é móvel, e está ligada por pequenos arames à extremidade superior de um varão de ferro inserido no interior da cana, com a extremidade inferior cravada ao punho do instrumento. Encaixado no cimo da cana, figura um boneco de pinho com viola de criptoméria, de camisa branca com colarinho de cor, forrado da cintura para baixo com pequenas tiras de papel de seda colorido. Dispostos à roda e equidistantes do eixo central, figuram duas bonecas e dois bonecos de castanholas amarradas nas costas, “vis-a-vis”, virados para o interior, com as “mãos” e “pés” fixos no arame das circunferências. As castanholas são repercutidas por acção de movimentos manuais cadenciados, ascendentes e descendentes, imprimidos pelo punho, e controlados por rasgos abertos ao longo da canavieira. Justaposto à parte baixa dos rasgos, um batente de borracha coberto a papel de seda, firmado e envolto na cana, ampara a pancada descendente. A acção dos movimentos provoca o chocalhar de 4 pares de caricas aplanadas, sobrepostas, pregadas sobre os diâmetros das estruturas circulares, entre os bonecos e o eixo central do instrumento, juntando-se em simultâneo ao toar das castanholas.
Neste exemplar, os bonecos vestem conforme o traje regional masculino, fato branco/linho com colarinho colorido, e as bonecas, blusa branca, corpete vermelho e saia vermelha com listas amarelas e verdes, ensaiando uma atmosfera próxima dos trajes usados na generalidade dos grupos folclóricos da época. Os tecidos apresentam-se desbotados. O boneco do cimo e um dos bonecos da roda vestem chapéu de criptoméria. O terceiro boneco apresenta um barrete com “bolota” de lã, forrado de pequenos pedaços de “lata de chocolate” de cores diversificadas.
Os chapéus correspondem, porventura, ao chapéu de palha de palmeira de matiz amarelado, usado pelos homens no quotidiano tradicional, no Caniço, de onde é natural o construtor António Fernandes Neves. Este exemplar é provavelmente da década de 40 ou de 50 do século XX.

Idiofone de percussão indirecta

José Crisóstomo Fernandes (1930 -2005)
Portugal, Madeira - Funchal, final da década de 60

Materiais: cana vieira, tecidos, lã, “aparite” delgado (aglomerado de madeira), zinco, pinho, ráfia sintética, fitas de cetim, arame fino e fio de nylon

Proveniência: Susana Berta Marques Fernandes Gracias

Proprietário: Colecção AMCX

Descrição:
C = 24,5 cm
Ø = 12 cm
c (cana vieira) = 12cm
Ø (canavieira) = 1,1cm
c (bonecos) = 8cm

Este exemplar em miniatura apresenta uma morfologia idêntica à desenvolvida nos «brinquinhos» de maiores dimensões. As diferenças assentam na estrutura e na caracterização dos bonecos, e nos materiais utilizados. A canavieira, apresenta onze incisões de um reco-reco, junto dos rasgos laterais, onde desliza a base circular de maior diâmetro e está envolta em fita plástica vermelha e cinza na parte inferior. Os dois círculos encaixados em torno da canavieira são de “aparite” delgado, envolvidos por arame fino. Os 5 bonequinhos de pano estruturantes desta miniatura de “brinquinho” apresentam cabelo de lã escura com carapuço azul anil, e vestem conforme o traje regional usado na generalidade dos grupos folclóricos da época, com castanholas de zinco nas costas. Na base circular inferior está cravada uma “pequena ponte” de arame fino encostada à canavieira que, aos movimentos do eixo, desliza nos sulcos incisos fazendo tanger o reco-reco em simultâneo com as pequenas castanholas de zinco. José crisóstomo fernandes construiu poucos «brinquinhos» em miniatura, seguramente menos de uma dezena. Este exemplar oferecido à sua filha, susana b. M. Fernandes gracias, no final da década de 60 do século xx - «referência: mod. Reg. Sot. Nº 7467», conforme etiqueta na cana.